segunda-feira, 13 de junho de 2016


 CONCORDÂNCIA NOMINAL
Regra Geral
 O artigo, o pronome, o numeral e o adjetivo devem concordar em gênero e número com o substantivo ao qual se referem.
Ex.: Os nossos dois brinquedos preferidos  estão quebrados.
  Observe que o artigo os, o pronome nossos, o numeral dois e o adjetivo preferidos referem-se ao substantivo (masculino/plural) brinquedos. Por isso é que eles estão todos no masculino plural.
Casos especiais de Concordância Nominal:
1.      Quando o adjetivo vier posposto a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes, também há duas possibilidades de concordância:
  O adjetivo vai para o masculino plural ou concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo.
Ex.: Ele apresentou argumento e razão justos. (masculino/plural)
Ex.: Ele apresentou argumento e razão justa. (concordou com o substantivo mais próximo)
Ex.: Ele apresentou razão e argumento justo. (concordou com o substantivo  mais  próximo).
2.      Quando o adjetivo vier anteposto a dois ou mais substantivos, concordará com o mais próximo, se funcionar como adjunto adnominal; entretanto se funcionar como predicativo, haverá duas possibilidades: poderá ir para o plural ou concordar com o mais próximo. 
                         (adjetivo)

Ex.: Nunca vi tamanho desrespeito e ingratidão.
                       
               (adjunto adnominal)

3.      Dois ou mais adjetivos referentes a um substantivo determinado por artigo:
Admitem duas possibilidades:
a) O substantivo fica no singular e põe-se o artigo também antes do segundo adjetivo.
Ex.: Meu professor ensina a língua inglesa e a francesa.
b) O substantivo fica no plural e omite-se o artigo antes do segundo adjetivo:
Ex.: Meu professor ensina as línguas inglesa e francesa.

Casos particulares de Concordância Nominal
1.      As palavras menos, alerta e  pseudo são advérbios e ficam invariáveis
Ex.: Os soldados estavam alerta.
  Há menos pessoas do que prevíamos.
2. As expressões é proibido, é necessário, é bom, é preciso quando se referem a palavras desacompanhadas de determinantes, tomadas, portanto, em sua generalidade, ficam invariáveis.
Ex.: É proibido entrada.
       Cerveja é bom.
       Coragem é necessário
Porém, se a palavra estiver acompanhada de determinante, com ela devem concordar.
Ex.: É proibida a entrada.
       A cerveja é boa.
       A coragem é necessária.
3. As palavras  bastante, meio, pouco, muito, caro, barato
a) Quando têm valor de adjetivo, concordam com o substantivo.
Ex.: Serviu-nos meia porção de arroz.
        Conversamos bastantes vezes a esse respeito.
        Os automóveis estão caros.
        As frutas estão baratas.
        Já é meio-dia e meia.
b) Quando têm valor de advérbio ficam invariáveis.
Ex.: Maria está meio aborrecida.
       Os alunos são bastante estudiosos.
       Esses automóveis custam caro.
       As laranjas custam barato.
       Estamos muito cansadas.
4. Os adjetivos anexo, obrigado, incluso, mesmo, próprio, só, leso, quite concordam com o substantivo a que se referem.
Ex.: Seguem anexos os documentos da partilha de bens.
       A carta segue anexa.
       Os documentos estão inclusos.
       Ela mesma redigiu a carta.
       Eles estão sós.
       Estou quite com você.
       Muito obrigada – disse ela.
Observação:
Os advérbios só (equivalente a somente), menos e alerta e as expressões em anexo e a sós são invariáveis.
Ex.: Elas esperam uma nova oportunidade.
       Leia a carta e veja as fotografias em anexo.
       As meninas ficaram a sós no quarto.
Dicas:
1. Quando a palavra só equivaler a sozinho ela será adjetivo e, portanto, concordará com o substantivo.
2. Quando a palavra só equivaler a somente ela será advérbio e ficará invariável.
3. Quando a palavra bastante equivaler a muitos/ muitas ela será adjetivo e, portanto, concordará com o substantivo.
4.  A palavra meio equivalente a metade é adjetivo e concorda com o substantivo.
5. A palavra meio equivalendo a um pouco é advérbio e não varia.























REFERÊNCIAS

CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. A. C. Gramática Reflexiva.  São Paulo: Atual, p. 334-336, 1999.

INFANTE, U.; CIPRO, N. P. Gramática da Língua Portuguesa.  São Paulo: Scipione, 1997.

FERREIRA, M. Aprender e praticar gramática: teoria, sínteses das unidades, atividades práticas, exercícios de vestibulares: 2º Grau.  São Paulo: FTD, p. 343-352, 1992.

GIACOMOZZI, G.; VALÉRIO, G.; FENGA, C. R. Estudos de Gramática.  São Paulo: FTD, 1999.

MAIA, J. D. Português: Série Novo Ensino Médio.  São Paulo: Editora Ática, 2003.

SARMENTO, L. L. Gramática em texto.  1. ed. São Paulo: Moderna, p. 470-475, 2000.



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